quarta-feira, 13 de julho de 2011

Shit From The Vault: Misery Index - Heirs To Thievery

E no segundo volume desta nova rubrica, trago-vos uma das minhas bandas preferidas, os Misery Index.
Este álbum já saiu à mais de um ano e ainda continua a rodar como se tivesse nas primeiras audições, e posso dizer que é um dos melhores trabalhos líricos e instrumentais que já ouvi na minha vida. A review abaixo mostra bem o começo da bela relação entre a minha pessoa e os deathgrinders de Maryland.
São este tipo de bandas que me deixam com um sorriso na cara, principalmente quando um gajo vai ouvir uma coisa ás escuras e apanha uma bujarda de todo o tamanho, em que no final a única reacção é: Que raio foi esta merda?!
Eu confesso que já conhecia a banda à algum tempo, até tinha para aqui o Traitors mas nunca peguei nele não sei porque. Até que há alguns dias vi que os Misery Index iam lançar este novo cd, e eu arranjei uma cópia logo no inicio do mês, a verdade é que não podia ficar mais surpreendido com a descarga deathgrind a que fui submetido, digo-vos, se ouvi o cd umas 25 vezes neste mês de Maio foi pouco, é extremamente viciante. E depois de passar pela discografia da banda, cheguei á conclusão de que este Heirs To Thievery é o melhor cd que eles lançaram até agora, ok, o Traitors e o Discordia estão bastante bons, mas na minha opinião este cd vai catapultar a banda para o trono do deathgrind americano.
Falando concretamente do cd, este que me tem corroído o cérebro nos últimos tempos, é praticamente um "must" para todos os fãs de death metal e de grindcore, começando pela pequena mas destrutiva "Embracing Extinction" até á faixa final "Day Of The Dead" percorremos um longo caminho em que somos espezinhados, maltratados, e até por vezes violados psicologicamente por estes senhores vindos de Baltimore, Maryland, mas eu não me queixo, por mim venham mais uns cem álbuns deste tipo ao longo do ano que eu fico feliz.
Mas para mim o grande destaque desta obra prima, vai sem dúvida para a faixa nº2 "Fed To The Wolves" eu estou tão viciado nisto que até já meti como alarme do meu telemóvel para me acordar todos os dias, foda-se e eu tenho o sono pesado, quando esta merda dispara é ver me a saltar da cama num ápice como se tivessem a rebentar inúmeras bombas a minha volta, ja há algum tempo que não ouvia uma música que fosse tão pesada e tão furiosa mas ao mesmo tempo com uma técnica que permite equilibrar as coisas e fazer desta faixa a melhor do cd. Mas não é só "Fed To The Wolves" que merece destaque aqui, "The Carrion Call" é a faixa seguinte e o registo mais hardcore do cd, a banda costuma incorporar este registo nos seus cds mas sem nunca perder a agressividade do death e do grind. "The Illuminaught" é um malhão completo, "The Seventh Cavalry" é um fest de blasts completos e vai mais de encontro com aquele registo hardcore de que falava acima, e claro "Plague Of Objects" é a faixa querida por todos que queiram começar a andar à porrada no preciso momento, é a devastação total.
Guitarradas ridículas, bateria frenética e vocais agressivos são só algumas das coisas que caracterizam esta obra prima, se os Misery Index eram desconhecidos ao vosso horizonte musical, recomendo vos a darem uma escutadela neste álbum, garanto-vos que vão ouvir e chorar por mais, pelo menos foi o que me aconteceu, álbum do ano até agora, sem dúvida...

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Shit From The Vault: Thou - Summit

Esta nova, vá lá... rubrica, serve para mostrar algumas das minhas antigas críticas feitas para o meu antigo blog. Ás vezes quando leio algumas das cenas que escrevi parto me completamente a rir, ou por serem tão ridículas e anormais ou por simplesmente não fazerem sentido algum. Ainda assim achei que devia partilhar algumas destas reviews aqui no blog, mais que não seja para dar a conhecer uma banda ou outra, neste caso os americanos Thou.
Thou é diferente, Thou não é para os ouvidos de qualquer pessoa, Thou é demente, Thou é estranho e provoca mau estar, Thou é uma banda do caralho.
Quando digo que não é para os ouvidos de qualquer pessoa, não é bem assim, qualquer um pode ouvir, não garanto é que percebam o que vai na cabeça desta banda nem na escuridão da sonoridade da mesma, uma especie de doom sludge misturado com uns traços de drone é o que roça por estas paragens, a fazer lembrar em algumas vezes, ambientes caóticos como se fosse uma soundtrack para o fim do mundo ou coisa parecida.
Para quem não está familiarizado com a banda de Baton Rouge, á primeira escutadela poderá ficar com um sentimento de desinteresse e nem querem pegar mais naquilo, mas se conseguirem ouvir um álbum de Thou do principio ao fim sem saltar uma faixa, parabéns, são dos poucos a conseguir assimilar e a realmente gostar do som destes americanos. E um belo exemplo disso é este Summit, confesso ter ouvido falar da banda bem antes deste novo cd, nunca me decidi a ouvi-los até há umas semanas atrás com este cd, e fiquei bastante agradado com o que ouvi, não sei o que me espera com os outros álbuns, mas se forem tão bons ou melhores que este, desconfio que Thou poderá vir a entrar no lote das minhas bandas de topo em muito pouco tempo. A faixa "By Endurance We Conquer" deve ser até a faixa que mais ouvi nos últimos tempos de tão viciado que ando nisto, é indescritível qualquer uma das faixas deste cd, só posso dizer que é semelhante a estarmos rodeados por um ambiente de destruição, um caminho que só nós percorremos como se não existisse mais ninguém no mundo, é mesmo complicado de descrever toda a sonoridade que envolve a banda, o que eu sei é que ando a amar este Summit e tão depressa não o vou largar, como já disse são seis faixas de puro ambiente caótico e foda-se este é daqueles que nem vale a pena estar aqui a falar faixa a faixa, é mesmo para ser descoberto e redescoberto por voces mesmos e ouvi-lo vezes sem conta sempre que estejam com pensamentos dementes e obscuros. Ah é verdade, eles tiveram tomates suficientes para meter a discografia toda para download no site deles, no que para mim ao contrário de muitos é uma excelente jogada de marketing, portanto está aí o link e aproveitem a demência...
http://noladiy.org/thou/

Futebol Feminino: O Futuro?

Tenho estado a acompanhar regularmente o mundial feminino na Eurosport e para quem pensa que esta modalidade consiste numa data de mulheres a pontapear uma bola sem o mínimo sentido táctico e posicional, desengane-se. O campeonato mundial de futebol feminino a decorrer na Alemanha tem provado precisamente o contrário, tem provado que esta modalidade está a evoluir a grandes passos e estas senhoras não devem nada aos jogadores do sexo oposto. Neste momento o torneio vai a caminho das meias finais que opõem o Japão à Suécia e os EUA à França e devo dizer que tem sido uma das provas mais excitantes a que tive o prazer de assistir nos últimos tempos, em termos de futebol é claro. As regras são exactamente as mesmas do futebol "masculino", excepto que aqui existem menos paragens de jogo, menos indisciplina e incerteza no resultado até ao minuto 90, o que torna o jogo bastante mais agradável para quem esta fora e dentro do campo.
O grande ponto alto deste FIFA Women's World Cup, deu-se no dia de ontem no jogo dos quartos de final, que opôs os EUA ao Brasil. O jogo começou da melhor maneira para as jogadoras norte-americanas com um autogolo brasileiro logo no primeiro minuto de jogo. Até ao final da primeira parte o resultado não se alterou e existiram oportunidades dos dois lados. O Minuto 68´ marca o jogo pelas piores razões, a árbitra australiana marca penalty a favor do Brasil por uma falta inexistente e expulsa forçadamente a jogadora americana. A partir daí a arbitragem entra num declínio completo e só prejudica a equipa americana. O penalty de Cristiane esbarra numa parede chamada Hope Solo (imagem) que nega o empate ao Brasil. Mas logo a seguir, noutra decisão completamente errada, a árbitra indica a repetição do penalty que Marta concretiza. Com menos uma jogadora em campo, os EUA acordaram e dominaram por completo o resto do jogo, o que não evitou o prolongamento. A equipa brasileira entrou da melhor forma no extra time e, novamente numa lance muito duvidoso, Marta faz o 2-1. Por entre paragens de bola, lesões falsas e um anti-jogo descomunal, as meninas de azul e amarelo lá chegaram ao minuto 120' com toda a certeza de que o jogo estava ganho. O que não esperavam é que ao minuto 122', imagine-se, Abby Wambach entrasse de rompante na área para igualar o jogo via cabeceamento, numa altura em que mais de 80% do estádio estava ao lado dos Estados Unidos por causa do anti-jogo mostrado pelo Brasil. O jogo foi para os penaltis e aí pouco havia a fazer para o lado brasileiro, é claro que o castigo máximo é mais uma questão de sorte do que propriamente técnica, mas quando se tem a melhor guarda-redes do mundo entre os postes, torna-se bastante complicado. Solo acabou por defender o terceiro remate brasileiro e Krieger deu a vitória aos EUA no último penalty. A Hope Solo foi praticamente a mulher do jogo e irá quase de certeza ser a MVP do torneio com as exibições que tem feito. É sem dúvida bastante superior a muitos keepers que vemos jogar no nosso campeonato e pelo mundo fora, e para dizer a verdade, não me importava nada de a ver no meu Benfica. Solo juntamente com Abby Wambach e Shannon Boxx fazem parecer os EUA uma equipa quase invencível e a favorita a ganhar a taça.
Agora resta saber quais são as perspectivas da FIFA para esta modalidade, o que tenho visto na televisão tem me agradado bastante e tenho a certeza que as audiências durante os jogos têm sido altas. Será que vamos ter direito a mais transmissões televisivas durante os próximos tempos? Penso que seria importante para o bem da modalidade a transmissão dos campeonatos mais importantes, isto só iria angariar mais adeptos e apoios para o futebol feminino. Em Portugal existe o 1º de Dezembro e as outras equipas são praticamente desconhecidas, se os três grandes aderissem ao futebol feminino este atingia sem dúvida um novo nível cá em Portugal.
Podem voltar a ver este hino ao futebol e os restantes jogos do campeonato do mundo na Eurosport nos horários abaixo:
Quarta-Feira 13/07:
- Quartos-de-final - Brasil - USA (Resumo) - 11:00
- Meias-Finais - França - USA (Directo) - 17:00
- Meias-Finais - Japão - Suécia (Directo) - 19:30
Domingo 17/07:    
- Final (Directo) - 19:45

terça-feira, 14 de junho de 2011

Bon Iver - Bon Iver

Está aí a chegar um dos álbuns que mais antecipava para este ano, o novo cd dos Bon Iver, intitulado... Bon Iver.
Enquanto não chega o dia 21, data de lançamento do álbum, todos os que tenham curiosidade em ouvir o novo trabalho de Justin Vernon e companhia podem fazê-lo aqui no blog. Bon Iver foi disponibilizado em streaming há uns dias atrás no site do New York Times, e já foi partilhado em inúmeros sítios.
Apenas com uma audição, já deu para perceber que o novo registo vai continuar pelo mesmo caminho de For Emma..., as melodias hipnotizantes e a voz assustadoramente bela de Vernon continuam lá, se bem com a ajuda de umas passagens mais electrónicas, mas que não estragam de todo a integridade sonora da banda. Vai sem dúvida precisar de mais rodagem para atingir o nível do último álbum, mas deixou-me definitivamente uma boa primeira impressão este Bon Iver.
E para os fãs mais acérrimos da banda, existe um bundle de três cd's (For Emma...Forever Ago/Blood Bank/Bon Iver + Poster) no site abaixo. por 24$ + portes, compram a discografia da banda a um preço bem menor do que o de uma loja em solo nacional.
Mailorder para os cds: http://www.scdistribution.com/index.php?usersearch=&pagerequest=#

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Playlist – 13/06/11 – 19/06/11

Boris - Heavy Rocks
Autopsy - Macabre Eternal
Dopethrone - Dark Foil
The Allstar Project - Into The Ivory Tower
The Flight Of Slepnir - Essence Of Nine
Long Distance Calling - Long Distance Calling
Red Sparowes - The Fear Is Excruciating, But Therein Lies The Answer
Abysmal Dawn - Leveling The Plane Of Existence
Light Bearer - Lapsus
Neurosis - The Eye Of Every Storm

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Long Distance Calling + Löbo @ Music Box - 05-06-11

No dia de eleições para a escolha do novo primeiro ministro de Portugal, o meu voto foi directamente para os Long Distance Calling. Agora a sério, eu votei e espero que muitos que estejam a ler isto também tenham exercido o seu direito de voto. Todos nós sabemos que qualquer um dos cinco candidatos iria deixar o país na mesma, ou ainda pior, mas Portugal tem de ficar nas mãos de alguém, e é por essa razão que reforço sempre a importância do voto.
Politiquices á parte, tenho a dizer que a noite do passado domingo fez as delicias de todos os fãs de postrock e música atmosférica que atenderam ao concerto. As portas abriram ás 21:40h e já se sentia no ar a ansiedade dos presentes em assistir á estreia dos Long Distance Calling por terras lusas. A noite começou com a performance dos Löbo, banda que andava desejoso para ver ao vivo, os senhores cumpriram todas as minhas perspectivas e mais algumas. Se o ep Alma transporta-nos para um sitio completamente diferente, nem sei o que dizer da execução da banda ao vivo. 40 minutos de puro sludge atmosférico que me fez pensar se realmente estava no Music Box. Destaque para a faixa Nöite que é de longe a música mais hipnotizante da banda e que funciona lindamente ao vivo.
O evento principal da noite subiu ao palco pouco tempo depois dos Löbo o terem abandonado. Bem dispostos e sempre com um sorriso na cara, os Long Distance Calling abriram as hostes com Into The Black Wide Open e The Figrin D'an Boogie, ambas do novo álbum. Seguiram se duas das minhas faixas preferidas da banda, primeiro desferiram I Know You, Stanley Milgram!, onde se começaram a notar as tonalidades mais pesadas do colectivo, contrastando no que é para mim o ponto alto do novo álbum, a lindissima Invisible Giants. A apresentação do novo disco continuou com Timebends, para logo a seguir darmos um salto ao álbum Satellite Bay com a faixa Aurora. Já tinha passado mais de meia hora de concerto e todos os que estavam presentes no Music Box já se tinham rendido á boa disposição dos alemães, que logo a seguir continuaram na senda do seu mais recente e homónimo álbum, tocando Arecibo. Depois de agradecerem mais uma vez ao público português, e salientarem o facto de estar uma casa bem composta para um domingo á noite, a banda levou nos para outra viagem de seu nome Apparitions. Como closer a banda tocou outro dos seus melhores temas Metulsky Curse Revisited, criando novamente um grande momento para todos os presentes. Em jeito de encore subiram ao palco de novo para tocar Black Paper Planes e fechar assim um concerto a roçar a perfeição, onde o set foi claramente inspirado no mais recente álbum dos alemães e onde a boa disposição, tanto da banda como do público, ajudou a criar uma noite mágica para os cerca de 150 que se deslocaram a Lisboa.
Foi de longe um dos melhores concertos a que tive o prazer de assistir, numa das melhores salas do país para este tipo de sonoridades e o mais engraçado é que consegui ver duas das minhas bandas preferidas pela módica quantia de 10€.
Seguem-se Boris e Russian Circles...

domingo, 24 de abril de 2011

Liturgy - Aesthethica


Tanto burburinho que estes gajos estão a ter nas interwebs só por causa de uma merda de uma entrevista...
"Transcendal Black Metal" Estas foram as três palavras necessárias para que a entrevista dos Liturgy atingisse um nível de estupidez que só consegue ser superada pela já lendária conferência de imprensa de Paulo Futre acerca das eleições do Sporting. Meio mundo odeia os e a outra parte adora os, é um bocado isto que se está a passar com os Liturgy. Pela parte que me toca só posso dizer coisas positivas acerca deles, muito porque ainda consigo abster-me do que as bandas dizem e concentrar me apenas na musica.
Á parte de toda a polémica e se conseguirmos realmente focar a nossa atenção no que realmente é mais importante, os Liturgy até conseguem ser uma lufada de ar fresco na sonoridade típica do BM. Vindos de Brooklyn, NY, sítio não muito propenso a este tipo de sonoridades, a banda constrói um tipo de som que mistura a frieza do BM junto com passagens experimentais, no que se pode rotular de Post BM.
O que não se pode negar, tenham eles a personalidade de um miúdo de cinco anos ou não, é a sua criatividade, que está bem explicita neste Aesthethica. Logo na faixa inicial High Gold apercebemo-nos a partir do priemiro momento que este não é o tipico som BM e que apesar de ser cru e frio bem ao jeito do estilo, as passagens técnicas e as influencias post rock dão a este álbum uma conotação mais melancólica e faz também com que consigam ir buscar traços de beleza á negatividade do BM. Harmonica, Red Crown e Returner são definitivamente os três pontos altos deste álbum que vão deixar qualquer fã de música pesada com um sorriso na cara.  
Aesthethica é sem dúvida dos álbuns mais intensos que irão ouvir neste ano, se a banda conseguir lançar mais disparos como este, podem dar entrevistas a dizer que têm um plano para controlar o mundo, porque eu escolho criatividade a estupidez em qualquer dia da semana.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Playlist – 18/04/11 – 24/04/11

De volta, depois de uma semana caótica na faculdade...

Landmine Marathon - Sovereign Descent
Liturgy - Aesthethica
Misery Index - Pulling Out The Nails
Mos Def - The New Danger
Radare - Infinite Regress
Coalesce - There Is Nothing New Under The Sun
Dax Riggs - We Sing Of Only Blood Or Love
Church Of Misery - The Second Coming
Godspeed You! Black Emperor - F#A#
Löbo - Nöite

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Playlist – 04/04/11 – 10/04/11

Salome - Salome
Boris With Merzbow - Klatter
Ray Lamontagne - Till The Sun Turns Black
Scott Kelly - The Wake
Bohren & Der Club Of Gore - Beileid
Coalesce - There Is Nothing New Under The Sun
Left Lane Cruiser - Junkyard Speed Ball
Miles Davies - Kind Of Blue
John Coltrane - Blue Train
Misery Index - Traitors

domingo, 3 de abril de 2011

segunda-feira, 28 de março de 2011

Playlist – 28/03/11 – 03/04/11

William Elliott Whitmore - Hymns For The Hopeless
The White Buffalo - The White Buffalo
Mouth Of The Architect - Quietly
Mark Lanegan - The Winding Sheet
Blut Aus Nord - 777 Sect(s)
Ben Nichols & Cory Branan - Nights Like These
Anaal Nathrakh - In The Constellation Of The Black Widow
Anthony Hamilton - Ain't Nobody Worryin'
Blackfield - Welcome To My DNA
Ryan Adams - Cold Roses

quinta-feira, 24 de março de 2011

Comprinhas

Em mais uma habitual sessão de show off, aqui vão as minhas compras dos últimos meses, aproveitando a promoção que a fnac fez. 
(Sim, porque de outra maneira não me apanhavam lá de certeza...)
Cephalic Carnage - Xenosapien & Misled By Certainty: É provavelmente uma das poucas bandas em que irei gastar algum dinheiro a completar a discografia, para mim é das melhores merdas que se faz hoje em dia no espectro death/grind.
Crushing Sun - TAO: Única banda nacional que valeu a pena ouvir o ano passado. Dos melhores registos de sempre em solo nacional...
The Dillinger Escape Plan - Option Paralysis [digipak]: Outro dos cds que mais gozo me deu em ouvir no ano transacto, ainda por cima esta edição da season of mist está bem fofa...
Insect Warfare - World Extermination - Este já estava á algum tempo na calha e finalmente comprei-o, já é um dos clássicos da nova vaga grind.
Watain - Casus Luciferi [digipak] - Mesmo que a música deles fosse uma merda, o dinheiro era bem empregue a julgar pelo booklet e artwork. 
Mourning Lenore - Loosely Bounded Infinities: Não senti muito este primeiro registo, mas mesmo assim decidi adquiri-lo. Dentro de tanta coisa que se fez o ano passado por cá, este até foi dos melhorzinhos...
Anathema - Hindsight [digipak]: Já nem se quer ligo muito aos Anathema, provavelmente este vai ser para oferecer a alguém...  
Suma - Ashes [digipak]: Comprei-o ás escuras e foi uma surpresa bastante agradável. Dos melhores álbuns que saíram o ano passado, stoner/doom arrastado mesmo à minha medida.
Meshuggah - Contradictions Collapse [digipak]: Para mim, o melhor registo da banda. 'Nuff said...
Blut Aus Nord - Memoria Vetusta II [digipak]: Sétimo registo da banda francesa. Se há alguma coisa em que os franceses são bons é a fazer black metal e os BAN são provavelmente a epítome do BM francês.
Anaal Nathrakh - In The Constellation Of The Black Widow [digipak]: Se me pedissem para fazer uma lista de 50 álbuns que influenciaram o que ouço hoje em dia, este estaria certamente lá em cima. Se pensam que já ouviram tudo, pensem outra vez, porque estes senhores distorcem completamente a ideia do que é música...

quarta-feira, 23 de março de 2011

Anthony Hamilton

E agora algo completamente diferente...
Tenho andado a mergulhar na cena soul nos últimos tempos e só posso dizer que as surpresas têm sido muitas, desde The Roots até á mágica voz de Erykah Badu, já são alguns os nomes que ouço regularmente mas Anthony Hamilton é provavelmente o grande artista da soul/neo-soul.
Além de ser um dos impulsionadores da nova vaga de soul, é também ao mesmo tempo um dos artistas mais underrated que conheço, injusto porém esse desconhecimento. Tendo dado a conhecer a sua sonoridade num musical act no Chappelle's Show com a música Comin' From Where I'm From, não foi suficiente para a voz de Hamilton ter o seu devido reconhecimento.
Já considerado como o Al Green dos tempos modernos, a música de Anthony Hamilton continua a encantar todos os adeptos das sonoridades mais mellow, músicas como Charlene, I Tried ou I'm A Mess são excelentes provas do seu talento enquanto músico.
Talvez o seu não enveredamento por caminhos mais mainstream permitiram lhe ter apreciadores de outros estilos musicais, tal como eu. O que é certo é que conhecido ou não, Anthony Hamilton é indiscutivelmente uma das melhores vozes do panorama musical actual e isso ninguém pode negar, goste se de soul ou não.
XTC (1996)
Comin' From Where I'm From (2003)
Soulife (2005)
Ain't Nobody Worryin' (2005)
Southern Confort (2007)
The Point Of It All (2008)

Playlist – 21/03/11 – 27/03/11

Anthony Hamilton - Comin’ From Where I'm From
Boris - New Album
Arms Of The Sun - Arms Of The Sun
Cephalic Carnage - Anomalies
Misery Index - Traitors
Pelican - What We All Come To Need
Volta Do Mar - At The Speed Of Light
The Roots - Things Fall Apart
Earth - Angels Of Darkness, Demons Of Light Part.1
Indigenous - Broken Lands

segunda-feira, 14 de março de 2011

Do The Right Thing

É uma falha tremenda da minha parte só ter visto este filme agora, é sem dúvida O filme de Spike Lee.
Isto não é bem uma review mas sim um trabalho que fiz para a disciplina de Geografia Cultural dos USA, onde vi o filme. Basicamente o texto refere-se ás relações entre culturas no mesmo espaço que é um dos temas principais do filme, mas sinceramente o dito filme tem muito mais que se lhe diga do que apenas esse tema. Aqui fica o meu trabalho, como já disse não é uma review mas apresenta de uma maneira resumida o aspecto principal do filme.
Em Do The Right Thing somos transportados para Brooklyn, um famoso bairro problemático em Nova Iorque maioritariamente predominado por afro americanos, onde a pobreza, o racismo e o choque de culturas são o mote para o perigo vivido naquela zona.
A meu ver o principal tema que é exposto em Do The Right Thing, é sem dúvida o choque de culturas na mesma zona e os efeitos desse mesmo choque. Podemos ver ao longo do filme diversas cenas em que as personagens interagem hostilmente umas com as outras devido apenas ao facto da diferença de raça e cultura. Uma das cenas onde o conflito de culturas é bem explicito é sem dúvida quando o homem com a T-shirt de Larry Bird pisa acidentalmente o sapato de Buggin’ Out e este vai tirar satisfações com o homem. O homem pede lhe desculpa por ter pisado o sapato mas Buggin’ Out não aceita as suas desculpas e começa uma discussão quase a partir para o encontro fisico, muito porque o homem era branco e tinha uma T-shirt de Larry Bird basquetbolista americano e branco, considerado o melhor de sempre da história dos Boston Celtics equipa da NBA maioritariamente apoiada por brancos. Esta cena na minha opinião aglomera todos os factores de relações de diferentes culturas no mesmo espaço.
Outra cena que explicita bem o conflito de culturas passa-se quando um grupo de latino Americanos estão a ouvir música oriunda de Porto Rico, quando do nada aparece Radio Raheem com a sua aparelhagem sempre com a mesma cassete de Public Enemy, originando uma “battle” entre o Rap e a música latina, projectando assim uma diferenciação entre a cultura afro americana e a cultura latino americana.
A pizzaria é sem dúvida o factor mais importante do filme a nível das relações entre diferentes culturas no mesmo espaço. Quando Buggin’ Out pergunta a Sal, porque não existem quadros de afro-americanos na parede, Sal responde que é dono da pizzaria e só coloca quadros de ele bem entender, ou seja, Italo Americanos. No final do filme quando Radio Raheem e Buggin Out’ decidem se revoltar contra os quadros na parede da pizzaria e Sal destroi a aparelhagem de Raheem levando depois a cena em que os dois se envolvem, refere-se a violencia excessiva que é praticada pela policia nestes bairros, um dos policias suffoca Raheem com um cacetete pendurando o apenas pelo pescoço provocando a sua morte. Desplotando depois a raiva de todos os afro americanos que estavam na zona destruindo a pizzaria, local onde o desacato começou.
As relações entre culturas no mesmo espaço estão muito relacionadas com as caracteristicas desse mesmo espaço. Tanto as condições económicas como as condições sociais são dois factores que influenciam bastante o ambiente da zona em que se vive e penso que foi essa a ideia que Spike Lee quis transmitir com este filme, pegou num bairro pobre e problemático como é Brooklyn e retratou o choque de culturas que nele acontece dia a dia.
http://www.imdb.com/title/tt0097216/

Playlist - 14/03/11 - 21/03/11

Weedeater - Jason... The Dragon
Weedeater - God Luck And Good Speed
All Pigs Must Die - S/T
Bill Withers - Lovely Day: The Best Of Bill Withers
Cavalera Conspiracy - Blunt Force Trauma
Trap Them - Darker Handcraft
Obscura - Omnivium
Converge - No Heroes
Early Graves - Goner
The Wire - ...And All The Pieces Matter

quarta-feira, 9 de março de 2011

Compras: Sunday At Devil Dirt

Segundo álbum da minha dupla favorita, por uns míseros 4,50€ na Amazon e ainda estão lá os outros dois a preço reduzido, escusado será dizer que vêm os dois parar a moi.
Está decidido não volto a comprar mais cds em solo nacional...

segunda-feira, 7 de março de 2011

Playlist - 07/03/11 - 13/03/11

Esta vai ser uma longa semana...

Ryan Adams - Love Is Hell Pt. 1 & 2
Scott Kelly - Spirit Bound Flesh
Scott Kelly - The Wake
Scott Kelly - Winter Tour 2009
Pig Destroyer - Terrifyer
Converge - Axe To Fall
Steve Von Till - If I Should Fall To The Field
Trap Them - Sleepwell Deconstructor
The Mount Fuji Doomjazz Corporation - Succubus
Salome - Terminal

sábado, 5 de março de 2011

Nadja

Nadja é diferente no mínimo...
Actualmente posso dizer que são das minhas bandas preferidas, a onda experimental tem sido um vicio autêntico e tem me levado a conhecer bandas pouco comuns e os Nadja são um bom exemplo disso. 
O duo Aidan Baker & Leah Buckareff transmitem-nos através da sua musica uma sensação de que estamos num sítio completamente diferente quando ouvimos uma das suas longas faixas. O minimalismo do drone misturado com passagens ambiente e electrónicas criam uma atmosfera que só algumas bandas conseguem criar. Com influencias desde Sunn O))) até Red House Painters, os Nadja combinam os elementos experimentais de algumas das suas influências para concretizarem um produto final arrasador. 
Com músicas como The Bungled & The Botched de 29:56 min. ou Absorbed In You de 30:04 min. não é dificil prever no que consiste o som da banda, drone/doom ambiental feito para ouvintes que estão fartos do mesmo, ou seja, como eu costumo dizer, os Nadja fazem musica para quem está farto de musica.
Em vez da habitual discografia (que por sinal é extensa) fica aqui uma parte da viagem que é The Bungled & The Botched...

quarta-feira, 2 de março de 2011


Down by your side
I watch the dreary light
It illuminates your sleeping skin
I reach my cold arms across the bed
You make no move
You never do
Own these dire nights
Own their seething lies
Own my damage, own my scars
They paint a broken life's shattered art
And time won't turn my wretched world
(To stand in your shadow is to be home)

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Hoje á noite: Godflesh + Phillips SHP1900 = Paranoia...

Playlist - 28/02/11 - 06/03/11

Woe - Quietly, Undramatically
16 - Bridges To Burn
Heretoir - Heretoir
End Of Level Boss - Inside The Difference Engine
The Flight Of Sleipnir - Lore
Converge - Axe To Fall
Isobel Campbell & Mark Lanegan - Sunday At Devil Dirt
Black Shape Of Nexus - Live In Mannheim
Songs: Ohia - The Lioness
Royal Thunder - Royal Thunder

domingo, 27 de fevereiro de 2011

The Next Three Days


Acabei de ver esta pérola ontem, e só me posso questionar como é que de entre tanta bosta que esteve nomeada para os oscares deste ano, este filme não consegue um lugar nas nomeações?
Em The Next Three Days, somos confrontados com um cenário, que nos questiona até que ponto somos capazes de ir para fazer justiça por alguém que sabemos que está inocente. A historia gira á volta de um homem John (Crowe) que faz de tudo para provar a inocência da sua mulher Lara (Banks), acusada de ter morto a chefe á saída do seu local de trabalho. Ao aperceber-se que Lara irá passar os próximos 20 anos dentro da prisão, John forma um plano estratégico para ajudar a sua mulher a escapar. Tudo isto á volta do seu filho Luke que também desempenha um papel crucial para o desenrolar da historia, realçando o desprezo emocional pela mãe que mal conhece.
Um thirller dramático como já não via há algum tempo, eu que até nem sou um grande apreciador do trabalho de Crowe, tenho de admitir que o senhor desempenha um grande papel neste filme, interpretando um papel de um homem desesperado que só quer recuperar a família.
Como já disse anteriormente The Next Three Days, tirava perfeitamente o lugar a alguns dos filmes que estão nomeados para a categoria de best picture, assim de repente lembro me de The Social Network que é completamente overrated na minha honesta opinião.
Provavelmente o melhor filme que irei ver em 2011, vai ser difícil bater isto e ainda só estamos no principio do ano.
http://www.imdb.com/title/tt1458175/
http://www.rottentomatoes.com/m/next_three_days/

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Woe


Tenho um pressentimento que estes Woe vão se tornar numa das minhas bandas de eleição em pouquíssimo tempo...
"The Rebirth Of American Black Metal" é assim que a Terrorizer dá destaque ao excelente artigo que li sobre os Woe no #204 da revista. 
Reza a história, que os Woe eram um one man project liderado pelo senhor Chris Grigg na sua cave em NJ, evoluindo agora com a realização do último álbum, numa banda composta por quatro membros. E não se pode dizer que Grigg seja um novato nestas andanças, a par de Woe este senhor já esteve, e está, ligado a vários projectos, The Green Evening Requiem e Krieg, só para referir alguns. 
Eu confesso que fui um daqueles que só se deu conta desta banda, a par do novo trabalho, Quietly, Undramatically. Para os mais distraídos que ainda não o ouviram, digo vos que estão a perder uma viagem no mínimo hipnotizante. Rituais satânicos, loss e problemas de foro pessoal e social, são os temas chave que abundam nas letras dos Woe, basta ouvir a title track para ter logo uma ideia daquilo que a banda quer transmitir. A sonoridade crua do BM misturada com passagens melancólicas a encargo da voz de Grigg, funciona aqui na perfeição, já para não falar que toda a constituição do cd foi feita estrategicamente de uma forma brilhante, dá a ideia que estamos a ouvir uma única longa e sufocante faixa em vez das sete que o cd emprega.
Malévolo, melancólico e furioso são três adjectivos que servem que nem uma luva ao som dos Woe, não esperem corpse painting ou trvness ridícula aqui, isto é BM americano straight in your face...
"Black metal against hope."
Absinthe Invocation: Five Spells Against God (Demo, 2007)
Land Of Piss & Poison (Split, 2007)
A Spell For The Death Of Man (2008)
Quietly, Undramatically (2010)

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Greber - Hometown Heroin


Ando viciado nisto nem sei muito bem porque, há qualquer cena aqui que faz o clic. Apenas baixo, bateria e vocals, ep de 8 músicas completamente ridículo, no bom sentido...
"Greber's debut EP Hometown Heroin. 8 tracks of bass and drum fury." Acho que tá tudo dito.
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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Playlist - 21/02/11 - 27/02/11

Isto é o que vai andar a rodar por estes lados esta semana:

Black Shape Of Nexus - B.SON
Converge - Axe To Fall
Converge - Jane Doe
Aosoth - Aosoth
Greber - Hometown Heroin
Mastodon - Remission
Misery Index - Discordia
Down - II A Bustle In Your Hedgerow
Woe - Quietly, Undramatically
Ryan Adams - Love Is Hell Pt.1 & 2

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Isobel Campbell & Mark Lanegan


Primeiro post...
Os dois senhores que vêm acima, têm feito grande parte da minha companhia musical nos últimos tempos. Parece que é verdade o que dizem, quando se ouve demasiado tempo o mesmo estilo de música, chega-se a um ponto de saturação, e isso é mais ou menos o que tem acontecido comigo, se bem que consigo ouvir uns Songs:Ohia e logo a seguir virar á esquerda e ouvir Converge. Mas para quem não conhece (e devia conhecer) Isobel Campbell & Mark Lanegan, eles formam um dos duos mais "estranhos" do panorama da música actual. A menina Campbell veio dos Belle & Sebastian e não abraçou mais nenhum projecto, enquanto Lanegan deu a sua voz a bandas como QOTSA ou os grandes The Twilight Singers.
Olhando para o background dos dois, pouco têm em comum, mas a verdade é que este duo tem uma química do outro mundo, em que a voz doce de Campbell se junta á voz rouca de Lanegan para formar um cocktail de alternative folk com traços country, tudo isto á volta de uma ambiente "mellow" que só os dois sabem criar.
O termo "os opostos atraem se" faz todo o sentido quando se fala nestes dois, e á custa dessa atracção já nasceram clássicos como "Come On Over (Turn Me On)" ou "You Won´t Let Me Down Again", para muitos desconhecidos. O que é verdade é que ninguém pode ficar indiferente a química que estes dois têm, dark slow music, o que não há a gostar acerca disso?
Excelente banda sonora para uma daquelas viagens longas de carro, de preferência á noite...
Ballad Of The Broken Seas (2006)
Sunday At Devil Dirt (2008)
Hawk (2010)