quinta-feira, 9 de junho de 2011

Long Distance Calling + Löbo @ Music Box - 05-06-11

No dia de eleições para a escolha do novo primeiro ministro de Portugal, o meu voto foi directamente para os Long Distance Calling. Agora a sério, eu votei e espero que muitos que estejam a ler isto também tenham exercido o seu direito de voto. Todos nós sabemos que qualquer um dos cinco candidatos iria deixar o país na mesma, ou ainda pior, mas Portugal tem de ficar nas mãos de alguém, e é por essa razão que reforço sempre a importância do voto.
Politiquices á parte, tenho a dizer que a noite do passado domingo fez as delicias de todos os fãs de postrock e música atmosférica que atenderam ao concerto. As portas abriram ás 21:40h e já se sentia no ar a ansiedade dos presentes em assistir á estreia dos Long Distance Calling por terras lusas. A noite começou com a performance dos Löbo, banda que andava desejoso para ver ao vivo, os senhores cumpriram todas as minhas perspectivas e mais algumas. Se o ep Alma transporta-nos para um sitio completamente diferente, nem sei o que dizer da execução da banda ao vivo. 40 minutos de puro sludge atmosférico que me fez pensar se realmente estava no Music Box. Destaque para a faixa Nöite que é de longe a música mais hipnotizante da banda e que funciona lindamente ao vivo.
O evento principal da noite subiu ao palco pouco tempo depois dos Löbo o terem abandonado. Bem dispostos e sempre com um sorriso na cara, os Long Distance Calling abriram as hostes com Into The Black Wide Open e The Figrin D'an Boogie, ambas do novo álbum. Seguiram se duas das minhas faixas preferidas da banda, primeiro desferiram I Know You, Stanley Milgram!, onde se começaram a notar as tonalidades mais pesadas do colectivo, contrastando no que é para mim o ponto alto do novo álbum, a lindissima Invisible Giants. A apresentação do novo disco continuou com Timebends, para logo a seguir darmos um salto ao álbum Satellite Bay com a faixa Aurora. Já tinha passado mais de meia hora de concerto e todos os que estavam presentes no Music Box já se tinham rendido á boa disposição dos alemães, que logo a seguir continuaram na senda do seu mais recente e homónimo álbum, tocando Arecibo. Depois de agradecerem mais uma vez ao público português, e salientarem o facto de estar uma casa bem composta para um domingo á noite, a banda levou nos para outra viagem de seu nome Apparitions. Como closer a banda tocou outro dos seus melhores temas Metulsky Curse Revisited, criando novamente um grande momento para todos os presentes. Em jeito de encore subiram ao palco de novo para tocar Black Paper Planes e fechar assim um concerto a roçar a perfeição, onde o set foi claramente inspirado no mais recente álbum dos alemães e onde a boa disposição, tanto da banda como do público, ajudou a criar uma noite mágica para os cerca de 150 que se deslocaram a Lisboa.
Foi de longe um dos melhores concertos a que tive o prazer de assistir, numa das melhores salas do país para este tipo de sonoridades e o mais engraçado é que consegui ver duas das minhas bandas preferidas pela módica quantia de 10€.
Seguem-se Boris e Russian Circles...

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