sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

††† (Crosses)

Olá, estou de volta.
Numa altura em que o mercado musical vai entrando numa espécie de espiral sem retorno em que tudo o que é produzido soa ao mesmo e parece uma cópia de outros 1001 artistas, é bom ouvir um projecto novo e refrescante como é aqui o caso.
Para quem ainda não ouviu falar destes ††† (Crosses), eles são nada mais nada menos do que um dos side-projects de Chino Moreno o vocalista de Deftones. Juntamente com Shaun Lopez (Far) e Chuck Doom, este projecto é sem dúvida uma lufada de ar fresco no panorama musical mais pesado. Devido à sua originalidade musical, confesso que tenho alguma dificuldade em classificar a som da banda, assim de repente não estou a ver nenhum trabalho que seja similar a ††† (Crosses) e isso não é necessariamente mau, aliás, são bandas deste género que me dão um gozo imenso em ouvir e de dar a conhecer a outros. Músicas como Bermuda Locke† ou †Rophys, deixam bem claro a sua veia mais melancólica, enquanto que †his Is A †rick espelha a faceta mais experimental e electrónica que a banda enverga. Por isso é justo dizer que para álem de só terem ainda lançado dois ep's, estes senhores já gozam de uma química e de uma polivalência sonora que os deixam uns bons passos à frente de muitas bandas do mesmo género que já detêm alguma longevidade. E até arrisco a dizer que os trabalhos contidos nestes dois ep's são suficientes para deixar qualquer coisinha de Deftones e Team Sleep a um canto.
Foram sem dúvida uma das boas surpresas do ano passado e o que é certo é que estes ††† (Crosses) têm rodado sem parar por estes lados; sempre tive um pé atrás em relação a Deftones mas sem dúvida que se nota a evolução de Moreno com este novo projecto.
Para quem procura uns Deftones mais lentos e obscuros, está aqui a vossa cena.
http://www.crossesmusic.com/
http://www.facebook.com/CrossesMusic

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Shit From The Vault: Misery Index - Heirs To Thievery

E no segundo volume desta nova rubrica, trago-vos uma das minhas bandas preferidas, os Misery Index.
Este álbum já saiu à mais de um ano e ainda continua a rodar como se tivesse nas primeiras audições, e posso dizer que é um dos melhores trabalhos líricos e instrumentais que já ouvi na minha vida. A review abaixo mostra bem o começo da bela relação entre a minha pessoa e os deathgrinders de Maryland.
São este tipo de bandas que me deixam com um sorriso na cara, principalmente quando um gajo vai ouvir uma coisa ás escuras e apanha uma bujarda de todo o tamanho, em que no final a única reacção é: Que raio foi esta merda?!
Eu confesso que já conhecia a banda à algum tempo, até tinha para aqui o Traitors mas nunca peguei nele não sei porque. Até que há alguns dias vi que os Misery Index iam lançar este novo cd, e eu arranjei uma cópia logo no inicio do mês, a verdade é que não podia ficar mais surpreendido com a descarga deathgrind a que fui submetido, digo-vos, se ouvi o cd umas 25 vezes neste mês de Maio foi pouco, é extremamente viciante. E depois de passar pela discografia da banda, cheguei á conclusão de que este Heirs To Thievery é o melhor cd que eles lançaram até agora, ok, o Traitors e o Discordia estão bastante bons, mas na minha opinião este cd vai catapultar a banda para o trono do deathgrind americano.
Falando concretamente do cd, este que me tem corroído o cérebro nos últimos tempos, é praticamente um "must" para todos os fãs de death metal e de grindcore, começando pela pequena mas destrutiva "Embracing Extinction" até á faixa final "Day Of The Dead" percorremos um longo caminho em que somos espezinhados, maltratados, e até por vezes violados psicologicamente por estes senhores vindos de Baltimore, Maryland, mas eu não me queixo, por mim venham mais uns cem álbuns deste tipo ao longo do ano que eu fico feliz.
Mas para mim o grande destaque desta obra prima, vai sem dúvida para a faixa nº2 "Fed To The Wolves" eu estou tão viciado nisto que até já meti como alarme do meu telemóvel para me acordar todos os dias, foda-se e eu tenho o sono pesado, quando esta merda dispara é ver me a saltar da cama num ápice como se tivessem a rebentar inúmeras bombas a minha volta, ja há algum tempo que não ouvia uma música que fosse tão pesada e tão furiosa mas ao mesmo tempo com uma técnica que permite equilibrar as coisas e fazer desta faixa a melhor do cd. Mas não é só "Fed To The Wolves" que merece destaque aqui, "The Carrion Call" é a faixa seguinte e o registo mais hardcore do cd, a banda costuma incorporar este registo nos seus cds mas sem nunca perder a agressividade do death e do grind. "The Illuminaught" é um malhão completo, "The Seventh Cavalry" é um fest de blasts completos e vai mais de encontro com aquele registo hardcore de que falava acima, e claro "Plague Of Objects" é a faixa querida por todos que queiram começar a andar à porrada no preciso momento, é a devastação total.
Guitarradas ridículas, bateria frenética e vocais agressivos são só algumas das coisas que caracterizam esta obra prima, se os Misery Index eram desconhecidos ao vosso horizonte musical, recomendo vos a darem uma escutadela neste álbum, garanto-vos que vão ouvir e chorar por mais, pelo menos foi o que me aconteceu, álbum do ano até agora, sem dúvida...

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Shit From The Vault: Thou - Summit

Esta nova, vá lá... rubrica, serve para mostrar algumas das minhas antigas críticas feitas para o meu antigo blog. Ás vezes quando leio algumas das cenas que escrevi parto me completamente a rir, ou por serem tão ridículas e anormais ou por simplesmente não fazerem sentido algum. Ainda assim achei que devia partilhar algumas destas reviews aqui no blog, mais que não seja para dar a conhecer uma banda ou outra, neste caso os americanos Thou.
Thou é diferente, Thou não é para os ouvidos de qualquer pessoa, Thou é demente, Thou é estranho e provoca mau estar, Thou é uma banda do caralho.
Quando digo que não é para os ouvidos de qualquer pessoa, não é bem assim, qualquer um pode ouvir, não garanto é que percebam o que vai na cabeça desta banda nem na escuridão da sonoridade da mesma, uma especie de doom sludge misturado com uns traços de drone é o que roça por estas paragens, a fazer lembrar em algumas vezes, ambientes caóticos como se fosse uma soundtrack para o fim do mundo ou coisa parecida.
Para quem não está familiarizado com a banda de Baton Rouge, á primeira escutadela poderá ficar com um sentimento de desinteresse e nem querem pegar mais naquilo, mas se conseguirem ouvir um álbum de Thou do principio ao fim sem saltar uma faixa, parabéns, são dos poucos a conseguir assimilar e a realmente gostar do som destes americanos. E um belo exemplo disso é este Summit, confesso ter ouvido falar da banda bem antes deste novo cd, nunca me decidi a ouvi-los até há umas semanas atrás com este cd, e fiquei bastante agradado com o que ouvi, não sei o que me espera com os outros álbuns, mas se forem tão bons ou melhores que este, desconfio que Thou poderá vir a entrar no lote das minhas bandas de topo em muito pouco tempo. A faixa "By Endurance We Conquer" deve ser até a faixa que mais ouvi nos últimos tempos de tão viciado que ando nisto, é indescritível qualquer uma das faixas deste cd, só posso dizer que é semelhante a estarmos rodeados por um ambiente de destruição, um caminho que só nós percorremos como se não existisse mais ninguém no mundo, é mesmo complicado de descrever toda a sonoridade que envolve a banda, o que eu sei é que ando a amar este Summit e tão depressa não o vou largar, como já disse são seis faixas de puro ambiente caótico e foda-se este é daqueles que nem vale a pena estar aqui a falar faixa a faixa, é mesmo para ser descoberto e redescoberto por voces mesmos e ouvi-lo vezes sem conta sempre que estejam com pensamentos dementes e obscuros. Ah é verdade, eles tiveram tomates suficientes para meter a discografia toda para download no site deles, no que para mim ao contrário de muitos é uma excelente jogada de marketing, portanto está aí o link e aproveitem a demência...
http://noladiy.org/thou/

Futebol Feminino: O Futuro?

Tenho estado a acompanhar regularmente o mundial feminino na Eurosport e para quem pensa que esta modalidade consiste numa data de mulheres a pontapear uma bola sem o mínimo sentido táctico e posicional, desengane-se. O campeonato mundial de futebol feminino a decorrer na Alemanha tem provado precisamente o contrário, tem provado que esta modalidade está a evoluir a grandes passos e estas senhoras não devem nada aos jogadores do sexo oposto. Neste momento o torneio vai a caminho das meias finais que opõem o Japão à Suécia e os EUA à França e devo dizer que tem sido uma das provas mais excitantes a que tive o prazer de assistir nos últimos tempos, em termos de futebol é claro. As regras são exactamente as mesmas do futebol "masculino", excepto que aqui existem menos paragens de jogo, menos indisciplina e incerteza no resultado até ao minuto 90, o que torna o jogo bastante mais agradável para quem esta fora e dentro do campo.
O grande ponto alto deste FIFA Women's World Cup, deu-se no dia de ontem no jogo dos quartos de final, que opôs os EUA ao Brasil. O jogo começou da melhor maneira para as jogadoras norte-americanas com um autogolo brasileiro logo no primeiro minuto de jogo. Até ao final da primeira parte o resultado não se alterou e existiram oportunidades dos dois lados. O Minuto 68´ marca o jogo pelas piores razões, a árbitra australiana marca penalty a favor do Brasil por uma falta inexistente e expulsa forçadamente a jogadora americana. A partir daí a arbitragem entra num declínio completo e só prejudica a equipa americana. O penalty de Cristiane esbarra numa parede chamada Hope Solo (imagem) que nega o empate ao Brasil. Mas logo a seguir, noutra decisão completamente errada, a árbitra indica a repetição do penalty que Marta concretiza. Com menos uma jogadora em campo, os EUA acordaram e dominaram por completo o resto do jogo, o que não evitou o prolongamento. A equipa brasileira entrou da melhor forma no extra time e, novamente numa lance muito duvidoso, Marta faz o 2-1. Por entre paragens de bola, lesões falsas e um anti-jogo descomunal, as meninas de azul e amarelo lá chegaram ao minuto 120' com toda a certeza de que o jogo estava ganho. O que não esperavam é que ao minuto 122', imagine-se, Abby Wambach entrasse de rompante na área para igualar o jogo via cabeceamento, numa altura em que mais de 80% do estádio estava ao lado dos Estados Unidos por causa do anti-jogo mostrado pelo Brasil. O jogo foi para os penaltis e aí pouco havia a fazer para o lado brasileiro, é claro que o castigo máximo é mais uma questão de sorte do que propriamente técnica, mas quando se tem a melhor guarda-redes do mundo entre os postes, torna-se bastante complicado. Solo acabou por defender o terceiro remate brasileiro e Krieger deu a vitória aos EUA no último penalty. A Hope Solo foi praticamente a mulher do jogo e irá quase de certeza ser a MVP do torneio com as exibições que tem feito. É sem dúvida bastante superior a muitos keepers que vemos jogar no nosso campeonato e pelo mundo fora, e para dizer a verdade, não me importava nada de a ver no meu Benfica. Solo juntamente com Abby Wambach e Shannon Boxx fazem parecer os EUA uma equipa quase invencível e a favorita a ganhar a taça.
Agora resta saber quais são as perspectivas da FIFA para esta modalidade, o que tenho visto na televisão tem me agradado bastante e tenho a certeza que as audiências durante os jogos têm sido altas. Será que vamos ter direito a mais transmissões televisivas durante os próximos tempos? Penso que seria importante para o bem da modalidade a transmissão dos campeonatos mais importantes, isto só iria angariar mais adeptos e apoios para o futebol feminino. Em Portugal existe o 1º de Dezembro e as outras equipas são praticamente desconhecidas, se os três grandes aderissem ao futebol feminino este atingia sem dúvida um novo nível cá em Portugal.
Podem voltar a ver este hino ao futebol e os restantes jogos do campeonato do mundo na Eurosport nos horários abaixo:
Quarta-Feira 13/07:
- Quartos-de-final - Brasil - USA (Resumo) - 11:00
- Meias-Finais - França - USA (Directo) - 17:00
- Meias-Finais - Japão - Suécia (Directo) - 19:30
Domingo 17/07:    
- Final (Directo) - 19:45

terça-feira, 14 de junho de 2011

Bon Iver - Bon Iver

Está aí a chegar um dos álbuns que mais antecipava para este ano, o novo cd dos Bon Iver, intitulado... Bon Iver.
Enquanto não chega o dia 21, data de lançamento do álbum, todos os que tenham curiosidade em ouvir o novo trabalho de Justin Vernon e companhia podem fazê-lo aqui no blog. Bon Iver foi disponibilizado em streaming há uns dias atrás no site do New York Times, e já foi partilhado em inúmeros sítios.
Apenas com uma audição, já deu para perceber que o novo registo vai continuar pelo mesmo caminho de For Emma..., as melodias hipnotizantes e a voz assustadoramente bela de Vernon continuam lá, se bem com a ajuda de umas passagens mais electrónicas, mas que não estragam de todo a integridade sonora da banda. Vai sem dúvida precisar de mais rodagem para atingir o nível do último álbum, mas deixou-me definitivamente uma boa primeira impressão este Bon Iver.
E para os fãs mais acérrimos da banda, existe um bundle de três cd's (For Emma...Forever Ago/Blood Bank/Bon Iver + Poster) no site abaixo. por 24$ + portes, compram a discografia da banda a um preço bem menor do que o de uma loja em solo nacional.
Mailorder para os cds: http://www.scdistribution.com/index.php?usersearch=&pagerequest=#